Ouvia ontem na rádio um psiquiatra (ou ofício que o valha) sobre a gravidade da ressaca do natal e ano novo. Fico muito entusiasmada com a criatividade humana e a possibilidade de se inventarem novos conceitos, novos mundos, novas loucuras. Mas o que o senhor das mentes menos formatadas ia explicando com uma serenidade enervante fez-me algum sentido. E ainda bem. O encantamento destes últimos dias do ano faz-nos sorrir ao mais amargo chefe, fechar a gaveta dos nossos bonecos voodu de grande estima e embrenhar pelas ruas com luzinhas e saldos a chamarem por nós, delicadamente (num sussurro subtilmente magnético). Saltamos os troncos derrubados pelas tempestades de inverno, despimos as roupas diante dum frio mais agreste vindo da incerteza climatérica global e trabalhamos com um afinco que até os frenéticos chineses podem invejar. Depois, é janeiro. De um novo ano. E, ao contrário do esperado (e documentado no momento maior das 12 passas), voltamos ao nosso mundo... normal.
Porquê?
Talvez dê jeito. Afinal, andar sempre feliz também cansa.
29 dezembro, 2009
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