Hoje acordamos de sorriso comprido, depois estranhamente os olhos se curvam tristes. No dia seguinte revoltados ou sensíveis, delicadamente emotivos e desesperançados. Apaixonados, ditadores, ridículos. Com vontade de inovar, com vontade de desaparecer, sem vontade.
Há um lugar onde me sinto quase sempre bem: no meu sofá, a alinhavar panos antigos e a pontear caras de bichos que, quando já feitos, embalo no colo. Sempre que um se tem inteiro, tomo-o nos braços. Amanhã pode ir de viagem para um novo dono e não quero que vá sem o meu abraço.
Poderia ser sempre assim, na vida, não importam os contornos e enchimentos. Deveria sempre haver tempo para o embalo.
26 fevereiro, 2010
14 fevereiro, 2010
a simpleza do amor
Mais gatos e raposas a serem alinhavos. Em breve, saberemos o nome.
Retrato: ensaio dum chá universal do amor
(usado para tingir o algodão branco dos meus bichos costurados pelos dedos, chá preto e baunilha).
à(s)
13:28

11 fevereiro, 2010
o defeito horizontal do pensamento

Retrato: um bicho asado com vontade de ir tão longe.
à(s)
22:42

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