Hoje acordamos de sorriso comprido, depois estranhamente os olhos se curvam tristes. No dia seguinte revoltados ou sensíveis, delicadamente emotivos e desesperançados. Apaixonados, ditadores, ridículos. Com vontade de inovar, com vontade de desaparecer, sem vontade.
Há um lugar onde me sinto quase sempre bem: no meu sofá, a alinhavar panos antigos e a pontear caras de bichos que, quando já feitos, embalo no colo. Sempre que um se tem inteiro, tomo-o nos braços. Amanhã pode ir de viagem para um novo dono e não quero que vá sem o meu abraço.
Poderia ser sempre assim, na vida, não importam os contornos e enchimentos. Deveria sempre haver tempo para o embalo.
26 fevereiro, 2010
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