Quando mostrei a nossa Maria Preta aos primeiros olhos, veio a pergunta: um coelho preto? Com as duas mãos, tapei as orelhas tão compridas da bicha de pano e esbocei um sorriso amargo. Quem os ouve, até parece que nunca viram um gato púrpura ou uma raposa azul. Já para não falar dum lobo amarelo torrado ou dum anjo castanho cacau. Isto faz-me lembrar quando vou às escolas falar com os meninos pequeninos sobre escrita, contos e poesia e me perguntam o meu animal preferido. Faço por inventar um qualquer na hora: seja o morcegato ou o cãomaleão. Eles riem e continuam a estória, imaginam o bicho estranho, como anda, voa ou fala. É isto que me prende tanto à simpleza das crianças: a abertura para imaginar um mundo mais encantado (chamo-lhe efeito "a vida é bela", pelo filme do Benigni).
Retrato: a coelha Maria Preta, em breve na nossa quase montra.
06 maio, 2010
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