Acordamos encrespados com a precisão cortante do despertador, com a balsâmica culpa do consciente atraso, com a asfixiante esperança de vir a ser fidalgo à conta dum bilhete da lotaria. Faca na mão, nem sempre nos entusiasmamos com o perfume rejuvenescedor das tostas com manteiga ou do leite aquecido com chocolate. O cão madrugadeiro também salta aos nossos pés, alegre. O pássaro preso do vizinho canta afinado, o gato no cio mia sem vergonha. Ah. Nas mãos um simples quivi tem um sorriso cravado na pele. Hoje não o como. Amanhã quero ter este doce humor diante dos meus olhos, outra vez.
Retrato: fruto com traço de alegria.
03 março, 2010
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