03 janeiro, 2010

a bondade encoberta

O linguajar de ontem rodopiou em volta da bondade humana, virtude de GRANDEZA sem número nem letra e tão encoberta como a esperança por dom sebastião numa noite de nevoeiro. Sabe-se da mulher que amansa os bichos em abandono, do homem que abranda o coração das gentes sem amor, da criança que sorri a qualquer ser vivo sem mentira ou preconceito. Lendas, quase, que se podem encontrar se permitirmos aos nossos olhos ver os mais subtis pormenores da vida. A maioria de nós parece abafar a tendência natural para a bondade, seja por medo de perder o estatuto de ser humano racional (ou outra utopia que o valha), seja por medo de uma emoção tão nobre e quase SUFOCANTE (que nos vicia e transforma).
Há tanto por cuidar neste mundo. Comecemos por todos aqueles que nos rodeiam. Será o princípio duma viagem mais INTEIRA.
Compreende-se que num universo de guerras se levantem as muralhas de qualquer território íntimo, mas, seja por loucura ou ingenuidade, que uma das portas se abra para a passagem da BONDADE.
Ensaiemos. Quem sabe não virá este a ser um sopro de mudança.

NOTA: em breve mais dois GATOS BICHANEIROS e dois HOMENS ANGELUS na loja doutrolugar - depois do desapego ao ofício durante os festejos da família e novo ano, os dedos pedem agulhas e panos.

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