09 janeiro, 2010

poema de homens costureiros

| feitura dum sonho bom |

Dorme, dorme, meu menino
na luz branda duma lua aveludada,
que a noite por duas mãos finas
pesponta sonhos a linha de prata.
Dorme, dorme, meu menino
no sopro doce dum vento acetinado,
que a noite por duas mãos perfeitas
alinhava vontades a fio dourado.
No céu, estrelas cosidas por dedos certeiros.
Por terra, bichos franzidos com agulha e dedal.
Dorme, dorme, meu menino,
que num lugar de mestres costureiros
não há tristura sem conserto
assim que outro dia começa ao canto do pardal.

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